Atraso nas travessias São Sebastião – Ilhabela têm causado transtornos a usuários
Thereza Felipelli
Não tinha chuva nem vento. Mesmo assim a balsa que realiza a travessia São Sebastião – Ilhabela atrasou alguns horários durante a tarde da última segunda-feira, segundo informações e reclamações de alguns usuários. Ainda de acordo com alguns, apenas duas balsas estavam realizando o trajeto, a cada uma hora, ao invés de a cada 30 minutos. “As duas únicas funcionando estavam do lado da ilha, fazendo a travessia de uma em uma hora. É tão difícil fazer cumprir horários? Quando se pensa que não tem onde piorar a Dersa consegue se superar e piora cada vez mais, atrapalhando a rotina de quem retorna para casa ou vai estudar”, reclamou o engenheiro químico Maurício Grimaldi, 48 anos.
Por causa de atrasos como esse, muitas pessoas perdem aula ou chegam atrasadas a compromissos ou simplesmente levam mais tempo a chegar em casa após um dia de trabalho.
Questionada, a Dersa informou que a travessia não foi paralisada na tarde de segunda e que a operação foi realizada por duas embarcações (FB Valda II/ FB- 25), sendo que a terceira balsa da frota, a FB-30, foi retirada para reparo às 7h de segunda e voltou a operar às 12h30 de ontem.
“As embarcações operaram na segunda-feira no sistema bate e volta para atender à demanda de usuários. Por isso, os intervalos de saída das embarcações foram inferiores a 30 minutos”, enfatizou a Dersa.
Lentidão
Muitos usuários estão estranhando a baixa velocidade das balsas em certas ocasiões. Segundo eles, os serviços da Dersa teriam piorado desde o último vento que afundou parcialmente o flutuante.
Em resposta, a Dersa afirmou que não há diminuição da velocidade das embarcações e que todas as balsas da frota da Dersa operam com a velocidade padrão, de até 8 nós, de acordo com as condições de maré e vento registradas. Ainda segundo a Dersa, não houve qualquer alteração no equipamento. “Os flutuantes de ambos os lados da travessia São Sebastião/ Ilhabela estão em plenas condições de operação, sendo que os equipamentos foram instalados em São Sebastião e Ilhabela em 2013 e 2010, respectivamente”, informou a empresa.
Só pedestres
Outros usuários perguntam por que o pedestre tem que tomar chuva por não haver cobertura adequada nas balsas e apontam como solução para muitos problemas a vinda de uma embarcação para pedestres adequada para condições climáticas adversas.
“Se solucionarmos a questão dos pedestres praticamente resolvemos quase 100% do problema. Quem estiver de veículo próprio pode deixá-lo de um lado e atravessar como pedestre. Basta que haja uma embarcação para pedestres adequada para condições climáticas adversas”, comentou o engenheiro James Aboud, 69 anos. “Quem irá dar as condições técnicas para que esta embarcação possa navegar com segurança será a Capitania dos Portos; quem irá providenciar a disponibilidade desta embarcação será a Dersa, e quem irá dar a partida para que tudo isto aconteça será o poder público, através de um simples ofício exigindo uma solução, tanto de Ilhabela como de São Sebastião. E se assim não acontecer iremos nós, população, ao Ministério Público exigir uma solução”, complementou.
O músico e estudante Effe concorda: “Uma embarcação para pedestres resolveria um grande problema, pego a balsa todos s dias e vejo o como ela vai abarrotada de pessoas, tem dias que praticamente nem cabe todo mundo, carros e pessoas espremidas. Acredito que ao menos em determinados horários eles deveriam disponibilizar mais travessias”, enfatizou.
Questionada, a Dersa informou que tem licença para operar a travessia por meio de embarcações do tipo ferry-boats. Por este motivo, não há embarcações exclusivas para pedestres e não é feita a cobrança de tarifa pelo serviço prestado aos passageiros. “Todas as embarcações tipo ferry boat que operam nas travessias litorâneas do Estado de São Paulo, inclusive as da travessia São Sebastião/ Ilhabela, cumprem rigorosamente as Normas da Marinha do Brasil, contendo os abrigos com assentos e coberturas para o transporte de pedestres”, disse a Dersa.
Comissão
Na semana passada, foi criada na Câmara de Ilhabela uma comissão de assuntos relevantes para estudo quando da ocorrência da paralisação do sistema de travessia de balsas por condições climáticas adversas. Somente no mês passado o sistema ficou parado por mais de 20 horas em duas situações.
O Projeto de Resolução, de autoria do vereador Onofre Sampaio Júnior (PTdoB), tem como objetivo criar mecanismos mínimos de atendimento à demanda das pessoas, reduzindo, com isso, os graves prejuízos econômicos, de saúde e de segurança, a que toda a população fica exposta.
A comissão é composta por: Sampaio, Valdir Veríssimo (PPS), Dr. Thiago (PSDC), Carlos Alberto de Oliveira Pinto, o Carlinhos, e Luizinho da Ilha (PCdoB).
Serão convidados a trabalhar em conjunto com a referida comissão responsáveis pela Defesa Civil no Estado, um representante da Secretaria de Transportes do Estado, um representante do Dersa, um da Capitania dos Portos, um da Secretaria de Saúde e outro da Assistência Social do município, um representante do Corpo de Bombeiros, um da Policia Militar do Estado e vereadores de São Sebastião, cidade de onde serão convidados também representantes da Defesa Civil.
“Precisamos começar a cobrar a comissão formada pelos vereadores e avaliar quanto ela é eficaz”, salientou o engenheiro mecânico Flávio Vicentini, 52 anos, do Instituto Ilhabela Sustentável. Os vereadores ilhéus devem levar o assunto à Frente Parlamentar.
Não tinha chuva nem vento. Mesmo assim a balsa que realiza a travessia São Sebastião – Ilhabela atrasou alguns horários durante a tarde da última segunda-feira, segundo informações e reclamações de alguns usuários. Ainda de acordo com alguns, apenas duas balsas estavam realizando o trajeto, a cada uma hora, ao invés de a cada 30 minutos. “As duas únicas funcionando estavam do lado da ilha, fazendo a travessia de uma em uma hora. É tão difícil fazer cumprir horários? Quando se pensa que não tem onde piorar a Dersa consegue se superar e piora cada vez mais, atrapalhando a rotina de quem retorna para casa ou vai estudar”, reclamou o engenheiro químico Maurício Grimaldi, 48 anos.
Por causa de atrasos como esse, muitas pessoas perdem aula ou chegam atrasadas a compromissos ou simplesmente levam mais tempo a chegar em casa após um dia de trabalho.
Questionada, a Dersa informou que a travessia não foi paralisada na tarde de segunda e que a operação foi realizada por duas embarcações (FB Valda II/ FB- 25), sendo que a terceira balsa da frota, a FB-30, foi retirada para reparo às 7h de segunda e voltou a operar às 12h30 de ontem.
“As embarcações operaram na segunda-feira no sistema bate e volta para atender à demanda de usuários. Por isso, os intervalos de saída das embarcações foram inferiores a 30 minutos”, enfatizou a Dersa.
Lentidão
Muitos usuários estão estranhando a baixa velocidade das balsas em certas ocasiões. Segundo eles, os serviços da Dersa teriam piorado desde o último vento que afundou parcialmente o flutuante.
Em resposta, a Dersa afirmou que não há diminuição da velocidade das embarcações e que todas as balsas da frota da Dersa operam com a velocidade padrão, de até 8 nós, de acordo com as condições de maré e vento registradas. Ainda segundo a Dersa, não houve qualquer alteração no equipamento. “Os flutuantes de ambos os lados da travessia São Sebastião/ Ilhabela estão em plenas condições de operação, sendo que os equipamentos foram instalados em São Sebastião e Ilhabela em 2013 e 2010, respectivamente”, informou a empresa.
Só pedestres
Outros usuários perguntam por que o pedestre tem que tomar chuva por não haver cobertura adequada nas balsas e apontam como solução para muitos problemas a vinda de uma embarcação para pedestres adequada para condições climáticas adversas.
“Se solucionarmos a questão dos pedestres praticamente resolvemos quase 100% do problema. Quem estiver de veículo próprio pode deixá-lo de um lado e atravessar como pedestre. Basta que haja uma embarcação para pedestres adequada para condições climáticas adversas”, comentou o engenheiro James Aboud, 69 anos. “Quem irá dar as condições técnicas para que esta embarcação possa navegar com segurança será a Capitania dos Portos; quem irá providenciar a disponibilidade desta embarcação será a Dersa, e quem irá dar a partida para que tudo isto aconteça será o poder público, através de um simples ofício exigindo uma solução, tanto de Ilhabela como de São Sebastião. E se assim não acontecer iremos nós, população, ao Ministério Público exigir uma solução”, complementou.
O músico e estudante Effe concorda: “Uma embarcação para pedestres resolveria um grande problema, pego a balsa todos s dias e vejo o como ela vai abarrotada de pessoas, tem dias que praticamente nem cabe todo mundo, carros e pessoas espremidas. Acredito que ao menos em determinados horários eles deveriam disponibilizar mais travessias”, enfatizou.
Questionada, a Dersa informou que tem licença para operar a travessia por meio de embarcações do tipo ferry-boats. Por este motivo, não há embarcações exclusivas para pedestres e não é feita a cobrança de tarifa pelo serviço prestado aos passageiros. “Todas as embarcações tipo ferry boat que operam nas travessias litorâneas do Estado de São Paulo, inclusive as da travessia São Sebastião/ Ilhabela, cumprem rigorosamente as Normas da Marinha do Brasil, contendo os abrigos com assentos e coberturas para o transporte de pedestres”, disse a Dersa.
Comissão
Na semana passada, foi criada na Câmara de Ilhabela uma comissão de assuntos relevantes para estudo quando da ocorrência da paralisação do sistema de travessia de balsas por condições climáticas adversas. Somente no mês passado o sistema ficou parado por mais de 20 horas em duas situações.
O Projeto de Resolução, de autoria do vereador Onofre Sampaio Júnior (PTdoB), tem como objetivo criar mecanismos mínimos de atendimento à demanda das pessoas, reduzindo, com isso, os graves prejuízos econômicos, de saúde e de segurança, a que toda a população fica exposta.
A comissão é composta por: Sampaio, Valdir Veríssimo (PPS), Dr. Thiago (PSDC), Carlos Alberto de Oliveira Pinto, o Carlinhos, e Luizinho da Ilha (PCdoB).
Serão convidados a trabalhar em conjunto com a referida comissão responsáveis pela Defesa Civil no Estado, um representante da Secretaria de Transportes do Estado, um representante do Dersa, um da Capitania dos Portos, um da Secretaria de Saúde e outro da Assistência Social do município, um representante do Corpo de Bombeiros, um da Policia Militar do Estado e vereadores de São Sebastião, cidade de onde serão convidados também representantes da Defesa Civil.
“Precisamos começar a cobrar a comissão formada pelos vereadores e avaliar quanto ela é eficaz”, salientou o engenheiro mecânico Flávio Vicentini, 52 anos, do Instituto Ilhabela Sustentável. Os vereadores ilhéus devem levar o assunto à Frente Parlamentar.
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