Manifestações contra a taxa de Castelhanos continuam


Manifestações contra a taxa de Castelhanos continuam

Jipeiros reivindicam o fim da cobrança e prometem manter a estrada fechada durante o feriado prolongado
Daniela Malara Rossi


Em meio a um feriado prolongado, as manifestações contra a taxa cobrada pelo Parque Estadual na entrada da Praia de Castelhanos, ganharam mais força desde ontem. A comunidade está, agora, apoiando os jipeiros, que prometem manter a estrada fechada e as atividades suspensas até a anulação da cobrança. Os líderes do movimento estão em negociação com o poder executivo e legislativo, além da Fundação Florestal e não tem previsão para retomar as atividades turísticas. o grupo é realizou, também, um protesto em frente a sede do Parque, que fica localizado na Vila, na última quinta-feira.
Estão participando dos protestos 68 empresas de turismo, que paralisaram totalmente suas atividades. Além dos passeios para Castelhanos, os profissionais devem cruzar os braços também no receptivo dos navios. Eles alegam não ser contra a cobrança da tarifa, mas reivindicam uma infraestrutura que justifique o valor, antes que ele seja implantado definitivamente. “Toda a cadeia turística está perdendo, afinal o principal roteiro de passeio da cidade está paralisado. Isso não é interessante para ninguém, mas vamos seguir assim até que a taxa seja suspensa. Daí, poderemos negociar as demais reivindicações e a implantação definitiva da tarifa de forma mais justa”, afirmou o jipeiro Rodrigo Dias de Lima e Silva, que está no mercado há mais de 20 anos.
De acordo com a Fundação Florestal, foi proposta uma reunião para dialogar e unificar o direcionamento dos pedidos dos manifestantes. Sobre as reivindicações referentes à comunicação e sinalização, a Fundação afirma que as obras estão em andamento e ressalta que diversas melhorias já foram finalizadas entre 2013 e 2014, como a sinalização nas trilhas, o acesso a Cachoeira do Gato pela praia, serviço de controle de visitantes, contratação de monitores, instalação de câmeras de segurança, construção de banheiros e reforma da guarita.
Porém, parte das reivindicações não cabe à Fundação, a exemplo da gestão do uso do estacionamento na entrada da praia e a manutenção e fiscalização da estrada no mesmo trecho, já que a praia pertence ao município. Para isso, foi realizada, na tarde de ontem, uma reunião entre a comissão de jipeiros, vereadores e o prefeito Antônio Colucci, mas, segundo informações dos participantes, nada havia sido definido até o fechamento desta edição.
A taxa de R$ 12 por pessoa foi implantada pelo governo do Estado na última quarta-feira e é cobrada de turistas que desejam ingressar no Parque Estadual de Ilhabela, em uma área que dá acesso a Trilha da Água Branca e a Praia de Castelhanos. O valor deverá ser convertido para preservação ambiental e manutenção das instalações. As ações englobam fiscalização, educação ambiental, interação socioambiental, pesquisas e administração. Moradores da cidade são isentos da cobrança.
Este tipo de cobrança já acontece em outros parques estaduais de São Paulo e somente o município de Ilhabela ainda não havia regulamentado a taxa. Hoje, o Parque Estadual terceirizou o serviço de cobrança e manutenção da guarita de acesso à estrada. A empresa escolhida colocou uma máquina de cartão para efetuar os pagamentos e terá direito a mais de 50% do valor, sendo que a estimativa do Parque é arrecadar 50 mil ingressos por ano.






Foto: Daniela Malara Rossi

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