Ação “Lixo Marinho”, realizada pela empresa Operação Praia Limpa, retira 600 garrafas PET do mar







Fotos: Divulgação / OPL







Além do plástico, colchão, vidros, calçados, utensílios domésticos e material de pesca também foram recolhidos, totalizando 142 kg de resíduos





A maior parte do lixo encontrado nas praias e rios brasileiros é composta por vários tipos plásticos, em diferentes tamanhos e estágios de degradação. Neste final de semana, a ação “Lixo Marinho”, realizada pela empresa Operação Praia Limpa, retirou do mar de Ilhabela 600 garrafas PET.



A ação começou no sábado, (23), com limpeza de superfície no canal, abordagem de embarcações e distribuição de sacolas retornáveis ecológicas. No domingo (24), parte da equipe ficou na Praia do Bonete, onde realizou um mutirão de limpeza pela comunidade e costeira. Lá foram recolhidos muitos ferros, botijão de gás, colchão, latinhas, entre outros resíduos.



A outra parte do grupo seguiu para o Saco do Mane Larve, próximo ao Bonete, no Sul da Ilha, para retirar lixo do fundo do mar e limpeza de costeira. Foi lá que a maioria das garrafas PET foram retiradas do mar. Além do plástico, 205 calçados, entre chinelos, sandálias e sapatos também foram recolhidos.



“De 60 a 90% do lixo encontrado nos mares é composto por vários tipos de plásticos. É possível encontrar desde grandes redes de pesca a sacolas plásticas e garrafas de refrigerante, até microplásticos. O plástico é onipresente, está em todos os oceanos do planeta”, destaca o diretor da Operação Praia Limpa, Rogério Vieira Muniz.



Dos 142kg de lixo recolhido do mar neste final de semana, 30kg foram só de garrafa PET. “O politereftalato de etileno, mais conhecido como PET, é um tipo de plástico muito utilizado e resistente. Por conta disso, causa muitos impactos negativos ao meio ambiente. Quando a garrafa PET chega no oceano, ela demora mais de 400 anos para se decompor. Durante esse processo, ela se transforma em microplásticos, que muitos animais confundem com pequenos pedaços de comida. Este material pode ser altamente tóxico para diversas espécies, sendo responsável pela morte de vários animais, reduzindo a biodiversidade dos oceanos”, alerta a bióloga marinha Roberta Gomes.



Apesar de fazer muito mal ao meio ambiente, as garrafas pets são 100% recicláveis e se descartadas de maneira correta não causam danos ao ambiente.





Conscientizando pescadores



Durante a ação “Lixo Marinho”, a equipe encontrou muito material de pesca no mar. Esse material, quando abandonado ou perdido no mar, causa impactos ao meio ambiente.



Como o intuito da ação “Lixo Marinho” é conscientizar, além de retirar o lixo do oceano, o grupo que esteve no mar este final de semana conversou com pescadores para falar sobre o descarte correto desse material. “Muitas redes de pesca, por exemplo, são feitas de linha de nylon, que demoram cerca de 650 anos para se degradar. Essas redes podem capturar acidentalmente animais, levando-os à morte, como as tartarugas e mamíferos em geral”, explica a bióloga. Os pescadores receberam as orientações e as sacolas retornáveis ecológicas.



A ação “Lixo Marinho”, realizada pela empresa Operação Praia Limpa, é contratada pela Prefeitura Municipal de Ilhabela, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, e recebe o apoio institucional das empresas Concessionária Chevrolet Veibrás, Macboot, Rádio Ilhabela FM, ABLM, Instituto Supereco e KR Turismo.



Para conhecer mais sobre o Projeto Operação Praia Limpa, visite o Facebook: https://pt-br.facebook.com/operacaopraialimpa/.

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