Ilhabela realizará “operação teste” com Aquabus
Fotos: Ayeska Barros
Após os testes que terão duração de três meses, será decidido o destino das embarcações
O Conselho Municipal de Turismo de Ilhabela (Comtur) realizou na segunda-feira (22), na sede do Parque Estadual, uma reunião extraordinária, onde deliberaram e aprovaram a “operação teste” do Aquabus.
A proposta surgiu na última sessão ordinária do conselho, que ocorreu no dia 15 de julho, a secretária de Desenvolvimento Econômico e do Turismo, Bianca Colepicolo participou do encontro e explicou aos presentes os custos operacionais para colocar uma das embarcações em funcionamento “Realizamos uma visita técnica na marina, para avaliar os catamarãs e poder colocar um deles em operação como transporte turístico. Fizemos um levantamento de custos para ter em mãos a viabilidade econômica, e chegamos ao valor de quatrocentos e trinta mil reais, que inclui o reparo de uma das embarcações, pessoal, combustível e manutenção por três meses”.
O teste será realizado por três meses sempre às sextas, sábados e domingos, como transporte turístico. “Estando na pasta do turismo as embarcações não poderão ser usadas como alternativa ao transporte público. No teste, qualquer pessoa poderá realizar o passeio de forma gratuita. Após as análises de viabilidade do transporte, iremos decidir se vamos dar prosseguimento às viagens, se a decisão for positiva iremos formalizar uma parceria público-privada para a operação”, ressaltou Bianca.
Para a prefeita Maria das Graças Ferreira, a Gracinha, o projeto tem tudo para dar certo. “Nossa cidade vive do turismo e quanto mais opções de passeios o turista terá uma visão mais ampla do local que elas escolheram para conhecerem. Queremos realmente dar uma solução para os “Aquabus”, que infelizmente foram adquiridos sem planejamento ou as mínimas adaptações para serem utilizados como transporte público como propagou o governo anterior”, declarou.
Como opção de transporte turístico os “Aquabus”, passarão a ser chamados de “Aquaturis”, e irão operar pelos píeres públicos do município passando pelas regiões norte, central e sul do arquipélago.
A pasta do turismo irá custear a aquisição dos flutuantes para o embarque e desembarque dos passageiros, mas uma comissão técnica do conselho e a Secretaria de Planejamento, Urbano, Obras e Habitação, irão avaliar qual o material mais apropriado. A locação, segundo a secretária é inviável, já que o valor chega a 2,5 milhões de reais pelos três meses do teste.
O início da operação teste do “Aquaturis”, será definido após o desdobramento dos flutuantes, dos reparos da embarcação, do trajeto e de todo o sistema operacional.
Histórico
Os três catamarãs denominados “Aquabus”, foram adquiridos pela administração anterior.
O Ministério Público do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo apontou diversas irregularidades cometidas no procedimento de compra das embarcações em 2015.
Os barcos foram comprados e entregues sem a certificação para a navegação; sem o estudo de viabilidade socioeconômica para a operacionalidade (sem estudo sobre subsídio); sem adequação dos píeres e embarcações para acessibilidade; e também sem investimentos para abrigo dos passageiros nos píeres; além de entre outros problemas legais.
Atualmente as embarcações estão na Marina Juqueriquerê, em Caraguatatuba.
Outro gasto necessário será a adequação dos píeres, o que não foi feito pela administração passada, antes da compra dos barcos. Antes os mesmos ficavam no Yatch Clube com risco de naufrágio e risco de acidentes.
Para se ter uma ideia do prejuízo aos cofres públicos, as três embarcações custaram mais de R$ 4 milhões.
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