Prefeito afirma intenção de construir marina pública no Esporte Clube da cidade




Ideia é fazer no local também um porto de passageiros; previsão de investimento é de R$ 20 milhões de reais
Thereza Felipelli


O prefeito de Ilhabela, Antonio Colucci (PPS), confirmou ontem, em entrevista, a intenção da Prefeitura de fazer uma marina pública e um atracadouro para navios no Esporte Clube de Ilhabela, localizado na Vila, região central do arquipélago. Apesar de rumores darem conta de que tal projeto estaria na iminência de acontecer, segundo o prefeito ainda não há nenhuma previsão de quando será viabilizado. “É intenção dentro dos nossos quatro anos de governo”, declarou Colucci, que explicou que o projeto é fazer um porto de passageiros ali e, na retaguarda, fazer a marina. “A previsão de investimento é de 20 milhões de reais”, adiantou.


O local foi fechado recentemente (foi embargado oficialmente na segunda-feira) por falta de um Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), mas tal fato não está relacionado às intenções da Prefeitura para o clube. “Estamos tendo que fazer uma obra grande, é uma parece grande contra fogo”, comentou a presidente do clube, Therezinha Francisca Pereira, conhecida como Kuka, que acha a ideia da Prefeitura muito interessante, apesar de ainda não ter nenhuma informação oficial. “O prefeito ainda não falou comigo sobre isso, devemos ter uma conversa na próxima semana”, adiantou. “A parceria com a Prefeitura é ideal e na verdade já existe. Somos parceiros. O clube é de utilidade pública, apesar de ser particular. Desde quando foi formado, em 1953, foi com a condição de que fosse de utilidade pública”, explicou Kuka, que enfatizou que a Prefeitura utiliza o espaço para alguns eventos, como o de formação dos cadetes, o baile da Miss Ilhabela, entre tantas outras atividades. “Qualquer secretaria usa o clube quando quer”, disse.


Sobrevivendo
Segundo Kuka, o clube vive de locações diversas, para festas, para a academia, o restaurante. O local também é usado como estacionamento em temporada, principalmente pelas vans de receptivos de navios. O número de sócios é muito pequeno, de 150 remidos (não pagantes) e apenas 50 pagando a quantia de R$ 60 por mês. “A receita com sócios é muito pequena e a dívida é muito grande, mas graças a Deus já está negociado o parcelamento”, contou a presidente do clube.


“A marina pública será muito bem-vinda aqui. Este é um local privilegiado, que merece movimentação de pessoas, gente ocupando o espaço”, avaliou. “Tenho uma amizade grande com a Prefeitura, nossa relação é muito boa. A gente ajuda eles e eles nos ajudam e assim mantemos o local cada vez melhor até mesmo para o caiçara. Aliás, somos um clube caiçara, fomos criados com essa intenção. Isso eu preservo muito”, finalizou Kuka, que afirmou sentir-se privilegiada por ter sido eleita presidente do Esporte Clube em 2011. “Vou honrar para que se mantenha um clube caiçara”, prometeu.

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