Moradores de Ilhabela correm atrás do prejuízo após temporal do fim de semana



Por toda a cidade, bloquetes arrancados pelas chuvas e muita lama

Ontem foi dia de correr atrás dos prejuízos, em Ilhabela, após um final de semana marcado pelo forte temporal que deixou árvores caídas, bloquetes arrancados, deslizamentos de terra, inundações, muita lama. Famílias que tiveram seus pertences levados pela forte chuva correm em busca de doações e voluntários ajudam da forma que podem.

Entre as 21h30 e 23h de sábado, o índice pluviométrico atingiu 172 milímetros (equivalente a 172 litros de água por metro cúbico), provocando alagamentos nos bairros Água Branca, Costa Bella II, Perequê e Barra Velha, todos na região central da cidade. Durante toda a noite de sábado e madrugada de domingo, agentes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros realizaram uma operação conjunta para atender 22 famílias que tiveram suas casas inundadas.

O prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci, esteve nos bairros e ajudou na operação. “Tivemos uma chuva torrencial, intensa, com um volume superior ao esperado para todo o mês, provocando os alagamentos e estes transtornos aos moradores. A população de Ilhabela mostrou toda a sua solidariedade ao ajudar imediatamente aquelas famílias atingidas por alagamentos, junto com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros”, disse Colucci.

O chefe da Defesa Civil também ressaltou a solidariedade da população, que prontamente se mobilizou por meio das redes sociais, doando colchões, materiais de limpeza, roupas de cama, água potável, entre outros materiais que começaram a ser entregues já no domingo às famílias. Os produtos foram levados à Base do Corpo de Bombeiros e de lá distribuídos.

Quem tiver interesse em fazer doações, pode entregar no Corpo de Bombeiros da cidade, que fica na Avenida Professor Malaquias de Oliveira Freitas, na Barra Velha, próximo ao Hospital Mário Covas. Colchões, roupa de cama, roupas, comida, toalhas, produtos de limpeza e água são bem-vindos.



São Sebastião

As fortes chuvas provocaram a remoção de sete famílias durante o fim de semana. Destas, duas já foram autorizadas pela Defesa Civil a retornarem para suas casas. As demais continuam alojadas em casas de parentes. Há ainda a possibilidade de um casal ser removido para um abrigo tendo em vista que o barraco onde reside está em situação de risco.

Na Tropicanga, duas famílias deixaram suas moradias e se encontram alojadas em casa de parentes; são dois casais num total de sete pessoas, entre ela duas crianças de 9 e 7 anos de idade. Na Vila Progresso, das quatro famílias removidas, duas voltaram para casa.

A previsão da Defesa Civil é que o mau tempo continue até amanhã; até lá, a equipe permanece em estado de atenção. “Mesmo que a chuva passe, continuaremos a observar o solo, antes seco e agora muito encharcado por conta das fortes pancadas”, concluiu Carlão.

Os índices pluviométricos apontaram 0,1mm no Balneário dos Trabalhadores (Praia Grande), e 0,97mm no São Francisco na região central da cidade e 7,7mm na Costa Norte. Na Costa Sul, foram registrados 6,2mm em Boraceia; 17,3mm em Juquhey; 16mm em Maresias e 19mm em Boracéia.



Doações

O Fundo Social de Solidariedade enviou no domingo, nove colchões e alimentos não perecíveis, como macarrão, arroz e feijão, além de leite em caixinhas, para atender aos desabrigados.

Segundo a chefe de divisão Administrativa do Fundo, Vanda Lopes, assistentes sociais da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Humano (Setradh) estão no local para efetuar o levantamento das necessidades mais urgentes e proceder com medidas cabíveis. “Estamos de prontidão, como sempre, para ajudar nossa comunidade a superar essas ações da natureza”, disse.



Foto: Divulgação



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