Rede Municipal de Ensino de Ilhabela recebe orientações do Centro de Apoio Pedagógico sobre autismo





Em Ilhabela são atendidas pela rede municipal cerca de 20 crianças autistas



O Capi (Centro de Apoio Pedagógico Inclusivo) de Ilhabela, realizou na noite desta segunda-feira, 3, na E.M. Benedita Salinas, a palestra “TEA e a Inclusão Escolar”, ministrada pela psicóloga do Capi, Mônica Nascimento e pela fonoaudióloga, Andrea Fickel.

Hoje, a rede municipal de ensino do município atende cerca de 20 alunos com TEA (Transtorno do Espectro Autista), que recebem assistência no Capi. Com o diagnóstico precoce e atenção especial, o aluno consegue no decorrer do tempo conquistar autonomia na realização de diversas atividades.

Muitas vezes a percepção da doença vem do ambiente escolar, por isso, a equipe da Secretaria de Educação precisa estar preparada para receber este aluno, que requer atenção diferenciada. “É de suma importância falar sobre o Transtorno do Espectro Autista com os professores da rede municipal, pois a identificação dos principais sintomas favorece o encaminhamento precoce aos especialistas. Dessa forma, a intervenção tem mais chances de ser efetiva, trazendo ganhos na qualidade de vida da criança autista e de sua família”, explicou Mônica Nascimento, psicóloga especialista em psicopedagogia pelo Conselho Federal de Psicologia, pós-graduada em educação para autistas pela Federação Nacional das Apaes e cursando atualização em TEA, pelo Ministério da Saúde.

Após o diagnóstico, a criança identificada com autismo deve passar, além do psicólogo, com fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais que realizam as atividades especificas com cada um de acordo com o grau do transtorno. “Todo o autista precisa de um fonoaudiólogo, porque ou ele tem um atraso no desenvolvimento da fala, que é muito comum, e ele se torna uma criança mais agressiva, mais briguenta, que morde, bate no professor, ou porque ele não consegue se expressar. Outro caso é que ele desenvolveu a fala, mas não de forma social, não tem a intenção comunicativa. A função do fonoaudiólogo é trabalhar o desenvolvimento da fala ou trabalhar a intenção da comunicação (de ver o outro e saber que pode se comunicar e dialogar)”, disse Andrea Fickel, fonoaudióloga, com mais de 10 anos de experiência em unidade da Apae.

Outro especialista necessário para o tratamento das crianças identificadas com o autismo é o Terapeuta Ocupacional, que trabalha com o esquema corporal, equilíbrio, coordenação motora e adaptação de atividades e provas. O Capi não conta com a especialidade, mas se necessário encaminha o paciente para unidade de saúde do município.

A psicóloga orientou professores e auxiliares de primeira infância, que a criança com autismo necessita de rotina e estímulos visuais para facilitar o seu desenvolvimento escolar e a convivência com outras pessoas. Assim como aos cuidados que precisam ser tomados com excesso de barulho, cheiros e odores que, muitas vezes, incomodam e eles não conseguem expressar o que sentem e acabam desenvolvendo crises.

Autismo

O “Transtorno de Espectro Autista” pertence a um grupo de doenças do desenvolvimento cerebral. Ele se desenvolve em cada indivíduo com um grau diferente. A pessoa autista apresenta diversos sintomas, entre os quais: fobias, agressividade, dificuldades de aprendizagem ou dificuldades de relacionamento.

Dia Mundial da Conscientização do Autismo

A conscientização do autismo é comemorada desde 2008, sempre no dia 2 do mês de abril. A data tem o objetivo de realizar palestras e outros movimentos para conscientizar as pessoas sobre o autismo.

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