Vereadores discutem CPI da Santa Casa, planejamento viário e afundamento do navio “Prof. W. Besnard”
Três requerimentos receberam destaque na última sessão Ordinária (8/8) e entraram em discussão. Entre eles, o que solicita a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar supostas irregularidades na Santa Casa de Misericórdia de Ilhabela, protocolado em junho pelos vereadores Cleison Ataulo Gomes, o Cleison Guarubela (DEM), Gabriel Rocha (SD) e Thiago Santos, o Dr. Thiago (SD).
Segundo justificam os parlamentares, o pedido pela abertura da CPI está baseado em documentos apresentados pelo Conselho Municipal de Saúde (COMUS), como o relatório financeiro, parecer do Controle Interno, auditoria externa e apontamentos do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo que demonstram irregularidades.
Após se reunirem, ficou definido que a CPI será presidida pelo vereador Cleison Guarubela (DEM), terá como relator o vereador Anísio Oliveira (DEM) e como membros os vereadores Gabriel Rocha (SD), Luiz Paladino de Araújo, o Luizinho da Ilha (PSB) e Valdir Veríssimo (PPS), respeitando a representação partidária.
Alguns fatos a serem apurados serão: contratos de serviço jurídico, médico, remoção inter-hospitalar, especialidades médicas, locação de veículos, repasse de verbas públicas em contas não contempladas no convênio, aumento de gastos, entre outros.
A presidente da Câmara, vereadora Nanci Zanato (PPS) e o vereador Anísio Oliveira (DEM), fizeram um requerimento verbal, solicitando que sejam considerados os últimos 24 meses para a investigação.
Planejamento viário
O vereador Anísio Oliveira (DEM) pediu discussão para o requerimento do vereador Luizinho da Ilha (PSB) que solicita a implantação de travessia elevada e sinalização, na Rua Benedito Mariano Leite, na altura da nova rotatória, na Barra Velha.
Recentemente o edil, juntamente com a vereadora Maria Salete Magalhães, a Salete Salvanimais (PSB), acompanhou técnicos da Secretaria de Obras e Divisão de Trânsito durante uma verificação dos pontos que devem receber sinalização nos bairros Água Branca, Reino, Alto da Barra Velha e região Sul. “Pedi discussão para mostrar a importância desse trabalho de sinalização. A região do alto da Barra Velha, por exemplo, foi urbanizada e está perigosa. Precisa ser feito urgente, não pode esperar. Todos os dias ficamos sabendo de algum acidente nesta região”, ressaltou.
O vereador Luizinho da Ilha (PSB) aproveitou a presença do prefeito Márcio Tenório na sessão e sugeriu que na elaboração dos projetos de infraestrutura e urbanização já sejam inseridos projetos de sinalização e travessias elevadas. “Na hora de montar o edital para licitação já é possível inserir o projeto de sinalização. Isso é economicidade para o município e precisa ser prioridade”, completou.
Polêmica do navio “Prof. W. Besnard”
Outro tema que chamou a atenção dos parlamentares foi o requerimento do vereador Valdir Veríssimo (PPS) solicitando informações sobre a embarcação “Prof. W. Besnard”, doada pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) ao município.
O requerimento cita uma nota publicada pelo Instituto em 8 de maio deste ano, informando que o navio já não mais pertence à USP e que, se algum dano ambiental ocorrer, ele deverá ser integralmente reputado à Prefeitura de Ilhabela.
O vereador Marquinhos Guti (DEM) pediu discussão do requerimento e fez a leitura do diagnóstico de um engenheiro naval sobre as condições do navio em 2014. O documento afirma que já naquele ano a embarcação encontrava-se fora de serviço e em mínimas condições de segurança, com sérios riscos de incêndio, alagamento e poluição do ambiente marinho. “Aquela embarcação não tem condições nenhuma de ficar aqui no município. Nossa Ilha corre o risco desse navio naufragar lá e a nossa cidade ser responsabilizada por um crime absurdo lá no Porto de Santos. Temos a obrigação de providenciar urgente a afundamento dessa embarcação”, disparou.
Preocupado com a responsabilidade do município sobre qualquer dano causado pela embarcação, o vereador Valdir Veríssimo (PPS) quer informações detalhadas. “Infelizmente a administração assumiu muitos problemas. Não está barato manter este navio lá. A responsabilidade é do município e precisamos tomar algumas medidas. As pessoas enquanto estão no governo precisam ter consciência dos atos, precisam planejar antes de tomar atitudes impensadas”, concluiu.
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