Ampliação de reservatórios assegurará mais abastecimento de água em Ilhabela
Imagem/Arte: Divulgação / PMI
Fotolegenda: Arquipélago terá mais de 3 milhões de litros de água em reservatórios
Problema de abastecimento de água na alta temporada e feriados prolongados será minimizado
Para atender o grande crescimento populacional dos últimos 15 anos, quando a população saiu aproximadamente de 15 mil para quase 40 mil pessoas, o que provocou natural aumento do consumo de água, potencializado na alta temporada e nos feriados prolongados, a Prefeitura de Ilhabela, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, está contratando empresas para executar a ampliação dos seus dois principais reservatórios, localizados na região central e sul.
Após adequar os projetos à legislação municipal, ou seja ao Plano Diretor do município, obedecer o procedimento ambiental junto à Cetesb, a agência do Governo do Estado responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades geradoras de poluição, os dois reservatórios - nos bairros Green Park e Bexiga - terão sua capacidade de armazenamento de água distribuída pela Sabesp, empresa responsável pelo serviço, ampliada de forma significativa, com o objetivo de regularizar problemas de desabastecimento registrado nos últimos anos, principalmente em períodos de alta temporada e feriados prolongados. O reservatório do Green Park terá sua capacidade elevada de 50 mil litros de água para 1 milhão de litros, enquanto o reservatório do Bexiga será ampliado de 150 mil litros para 2 milhões de litros.
O reservatório do sistema Pombo, no Bexiga, já está na fase de licitação e tem obras previstas para o início de março, enquanto o do Green Park está com o pacote técnico sendo finalizado para entrar em licitação, com o início das obras estimado para abril. “Esse reservatório (Green Park) trará maior segurança operacional ao sistema de água que abastece os bairros da região central. Já o reservatório do Pombo aumentará a segurança hídrica para toda a região sul de Ilhabela”, afirmou José de Oliveira Paulo, gerente de Operações da Sabesp.
A secretária de Meio ambiente, Maria Salete Magalhães, falou sobre o problema, que se arrastou por mais uma década. “Nesses dois primeiros anos de nossa gestão, tivemos que trabalhar na elaboração dos projetos e na aprovação, respeitando os prazos legais e as instituições fiscalizadoras. Depois dessa etapa, estamos executando a contratação da obra, que permitirá atender o consumo da nossa população atual”, afirmou Salete, lembrando que após essas ampliações o município terá capacidade de reservação de água superior a três milhões de litros.
Desde 2000, especialistas, ambientalistas e técnicos da área já apontavam, em estudos para a elaboração do Plano Diretor do município, que os recursos hídricos de Ilhabela (a água distribuída à população é extraída de cachoeiras), teria capacidade para uma população de no máximo 35 mil habitantes. Também já apontavam a necessidade de ampliação do sistema de captação, reservação e distribuição de água pela Sabesp.
Corte nas duchas
Diante do problema de desabastecimento, registrado nos dias próximos à virada do ano e nos primeiros dias de 2019, quando a população do arquipélago recebeu aproximadamente 17 mil veículos e 120 mil pessoas, o prefeito Márcio Tenório determinou à Sabesp providências imediatas para o restabelecimento da distribuição e até o corte de água nas duchas (como fez no ano passado), que a empresa mantém na orla.
Também pediu reunião com a direção a empresa concessionária do serviço público para tratar de medidas de curto, médio e longo prazo. No início de 2017, o prefeito determinou a reserva de 10% dos recursos dos royalties ao saneamento básico (água e esgoto), que na atual Administração tem orçamento anual de R$ 41 milhões.
Sabesp
Segundo informação divulgada pela Sabesp, o problema do desabastecimento foi provocado pelo aumento populacional, que causou grande aumento no consumo de água e energia elétrica. Neste segundo caso, de acordo com a empresa, os moradores da parte alta de alguns bairros sofrem com a queda de energia elétrica e com o desabastecimento, porque os locais mais altos dependem da energia para o funcionamento das bombas que levam água aos locais mais íngremes, onde ocorre a “baixa pressão”.
Ainda de acordo com informações passadas pela Sabesp à Prefeitura, foram disponibilizados caminhões-pipa para o abastecendo dos imóveis desses locais e das demais áreas.
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