Em visita à agência dos Correios, alunos de Ilhabela postam cartas para Maria da Penha


Fotos: PMI
Legenda: Os alunos tiveram a oportunidade de aprimorar suas capacidades
de escrita através da produção de um gênero textual autêntico.


Foram enviadas 98 cartas para a ativista

Entre os dias 3 e 7 de junho, os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental
II da E. M. Profª Drª Ruth Correia Leite Cardoso, na Barra Velha,
realizaram uma visita à agência dos Correios de Ilhabela, onde postaram
cartas para Maria da Penha, mulher que inspirou a Lei 11340/06.

As cartas foram produzidas, revisadas e reescritas durante as aulas de
Leitura e Produção de Textos, sob a responsabilidade do professor
Arnaldo Sobrinho, e endereçadas ao Instituto Maria da Penha, localizado
no Recife. “Os alunos tiveram a oportunidade de aprimorar suas
capacidades de escrita através da produção de um gênero textual
autêntico”, afirma o professor. Uma vez prontas as cartas, as turmas
preencheram os envelopes, tomando contato com elementos como
destinatário e remetente.

O envio das cartas encerra um trabalho que contou ainda, com o estudo do
texto da Lei Maria da Penha, a realização de um seminário oral e a
produção de um vídeo. “Uma educação linguística significativa e
eficiente não pode ignorar que toda prática de linguagem, oral ou
escrita, visa sempre um objetivo social”, diz Sobrinho.

Ao todo, foram enviadas 98 cartas à ativista. Os alunos terão ainda a
oportunidade de participar de um bate-papo com Maria da Penha, através
de uma videoconferência realizada por Skype. “Na era digital, o
letramento precisa levar em conta as novas possibilidades de interação
trazidas pelas tecnologias da comunicação”, finaliza o professor.

Maria da Penha
Nascida no Ceará, a farmacêutica se tornou conhecida por sua luta em
defesa das mulheres vítimas de violência doméstica. Num momento em que
ainda vigorava a ideia de que “em briga de marido e mulher, não se mete
a colher”, Maria da Penha lutou por 20 anos para que seu agressor fosse
preso – esforço oficialmente reconhecido em 2006, quando foi sancionada
a lei 11.340, que tornou crime a violência doméstica e familiar
praticada contra a mulher.

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