Semana Internacional de Vela de Ilhabela homenageia barco brasileiro campeão internacional





Foto: Acervo/Divulgação







O veleiro homenageado da 48ª edição da Semana Internacional de Vela de Ilhabela é o Krishna.

O modelo German Frers de 36 pés foi construído no início da década de 70 e brilhou em regatas nacionais e internacionais como Santos-Rio e Newport Bermudas Race.

A embarcação teve Eduardo Souza Ramos, maior campeão da Semana de Vela de Ilhabela, como seu primeiro comandante depois passando pra Roberto Pellicano, que tem uma família de velejadores de ponta.

Depois de anos parado e praticamente esquecido, sua história começou a ser revitalizada por Julio Berenstein, um restaurador de carros antigos que entrou na vela oceânica nos últimos anos para correr na Clássicos, umas das categorias confirmadas para as regatas de 2021.

O barco foi levado de Ubatuba para o Guarujá para o início da fase de restauração. Os fãs da vela oceânica poderão ver o 36 pés histórico em Ilhabela nas regatas de 24 a 31 de julho. O Krishna participará de todas as ações dentro da água, além de receber as homenagens no Yacht Club de Ilhabela (YCI).

”Inicialmente, eu ia reformar aos poucos e usar como casa de praia, já que ele estava em uma poita em Ubatuba. Estava sem velejar parado na poita por uns quatro anos. Aí fiquei sabendo da história dele e fui convidado para levar o barco na regata Santos-Rio 2020 onde os clássicos seriam homenageados com uma placa comemorativa do Iate Clube de Mônaco (La Belle Classe). Então fui para Santos sem motor, só na vela. Depois do evento tirei o barco da água e comecei a restaurar”, disse Julio Berenstein.

Na restauração, ele procurou os especialistas mais experientes do segmento em madeira. A escolha foi pela dupla Osvaldo e Abílio, dois veteranos em veleiros clássicos. O velejador também conta com a ajuda de um amigo ex-funcionário da Embraer, que já construiu alguns aviões, e um oficial da Marinha.

Julio disse que sua paixão pelo antigos veio de berço! O pai e os tios sempre gostaram e tiveram carros mais velhos, que hoje são vistos nas ruas com placas pretas. O velejador ganhou seu primeiro veículo antigo com 9 anos. Agora é a vez de restaurar veleiros.

”Com certeza quero velejar muito com ele. Também quero participar de mais eventos com outros barcos clássicos. E a Semana de Vela é o maior evento no Brasil. Acredito que será uma festa muito bonita”.

Morando no interior do Rio de Janeiro, Roberto Pellicano espera que Julio Berenstein coloque em boas mãos a reforma do Krishna.

O velejador reforçou que a embarcação foi muito bem projetada para regatas. “É um barco que mede muito bem, muito equilibrado e bom de velejar. Fizemos história com o Kirshina na década de 70”.

O velejador é pai do medalhista olímpico Kiko Pellicano e da campeã pan-americana Márcia e da velejadora Renata Grael, esposa de Lars Grael.

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