Setor cultural do município foi um dos que mais recebeu investimentos |
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Os moradores e frequentadores de Ilhabela certamente notaram mudanças significativas na vida cultural e artística do arquipélago. Nos últimos três anos, a Prefeitura de Ilhabela, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundaci (Fundação Arte e Cultura de Ilhabela), incrementou o calendário cultural da cidade, divulgou a cultura caiçara, resgatou a banda marcial, regulamentou a orquestra popular e ampliou as parcerias e a estrutura para a promoção de oficinas artísticas, mostras e eventos. “A valorização da cultura preserva a história de nosso povo e fortalece nossas tradições. Temos ampliado as oficinas culturais para nossas crianças e jovens, bem como incentivado às manifestações artísticas e culturais da cidade”, salienta o prefeito Toninho Colucci (PPS). O Centro Educacional e Cultural “Prefeito Roberto Fazzini”, na Praia Grande, foi inaugurado pela Prefeitura em setembro de 2010 e recebeu muitos eventos voltados ao esporte e à educação, mas principalmente atividades culturais gratuitas para todas as idades como cinema; teatro; exposições; oficinas de teatro, de dança, ballet e artesanato. “Ilhabela passou a ter um belo espaço para a realização de eventos e a promoção de nossa cultura”, considerou Colucci.
Cultura e História
Por meio do Instituto Geográfico Histórico e Arqueológico de Ilhabela (IGHAI) foram realizados gratuitamente diversos cursos de história e arqueologia de Ilhabela além de diversas exposições arqueológicas no Parque Estadual de Ilhabela, na Vila; no Centro Cultural no Sul e na própria sede do Instituto, no Perequê. Houve um aumento considerável no número de exposições de artes plásticas que contou com obras de grandes nomes do cenário nacional, como Romero Britto, além de privilegiar os artistas locais. Só neste mês de janeiro, a secretaria promoveu quatro exposições. Também no início deste ano a Secretaria da Cultura proporcionou dois espaços muito visitados por turistas: a “Arte na Tenda” com venda e exposição de artigos produzidos por artesãos do sul, na Praia Grande, e o “Arte na Praça” com a exposição e venda de obras de artistas plásticos e de artesãos da cidade, na Praça Coronel Julião, na Vila.
Grandes parcerias
A Prefeitura de Ilhabela ampliou o número de participantes nas oficinas da Secretaria da Cultura e Fundaci, que contam com o apoio das secretarias de Esporte e de Educação e o Fundo de Solidariedade. Hoje são mais de 1,3 mil alunos atendidos. A parceria com a Secretaria de Estado da Cultura, por meio do Circuito Cultural Paulista, fez com que o público de Ilhabela recebesse em média oito grandes atrações por ano entre teatro infantil e adulto, circo, dança, música e até cinema de graça. Em setembro do ano passado, a Prefeitura apoiou uma das instituições culturais mais atuantes da ilha, o Pés no Chão, em seu principal evento anual, o “Dança e Movimento”. A 14ª edição da mostra contou com 13 apresentações dentro da programação oficial e oito na mostra paralela, além de seis oficinas. Os grupos de ballet e de dança de rua da Fundaci e do grupo da Melhor Idade e do projeto Espaço Amigo também apresentaram suas coreografias na mostra. O público superou a expectativa dos organizadores, atingindo praticamente 6 mil pessoas. Devido a esta parceria inédita muito mais pessoas puderam assistir aos espetáculos, pois eles aconteceram não só na sede do Espaço Cultural Pés no Chão, mas também chegaram às escolas e às quadras em diversos bairros de norte a sul.
Shows memoráveis
Ilhabela tem trazido shows musicais inesquecíveis em suas principais comemorações como Daniela Mercury no último aniversário da cidade e em outros grandes eventos com artistas de renome amados pelo grande público como Maria Cecília e Rodolfo, Lecy Brandão, Inimigos da HP, Trio Parada Dura, Chico César e Renato Teixeira.
Cultura caiçara
A Folia de Reis foi resgatada pela comunidade do sul com o apoio da Prefeitura, da Capela de São Benedito e do Grupo Folclórico Raízes de Ilhabela. Neste ano a terceira edição da Festa de Folia de Reis contou com reisados de Embu das Artes, Paraibuna e São Sebastião. Os costumes das comunidades tradicionais também têm tido destaque com a “Casa Caiçara”, uma casinha de pau a pique com fogão à lenha e utensílios que retratam o modo de viver caiçara. No mesmo local, a Fundaci (Fundação Arte e Cultura de Ilhabela) tem uma sala permanente para a mostra de artesanato caiçara com diversos artigos produzidos pelos moradores das comunidades tradicionais do arquipélago, como a Ilha de Búzios, Ilha da Vitória e Bonete, com esteiras de taboa, tipiti, lustres, luminárias, bijuterias de fuxico e de semente de capiá, bonecas de pano, cortinas, cestaria, remos e réplicas de canoas típicas caiçaras, traineiras.
Talentos musicais
A administração fortaleceu a base da estrutura para o aprendizado teórico e prático de música não só por meio do projeto “Música nas Escolas” nas unidades do ensino municipal da Secretaria de Educação, mas também abrangendo os jovens com a oficialização da Banda Marcial de Ilhabela – Fundaci (Bamif). Também foram criadas diversas fanfarras nas escolas municipais, que servem de base à Bamif e esta, por sua vez, serve de base à Orquestra Popular de Ilhabela. A Orquestra foi oficializada em novembro de 2009 e hoje apresenta nos principais eventos da cidade com um repertório refinado sempre muito aplaudido. O grupo já se firmou como produto cultural de alto valor do município e vem revelando muitos talentos da cidade.
Participação popular
O prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci (PPS), formalizou no fim do ano passado a adesão do município ao Sistema Nacional de Cultura que é um modelo de gestão criado pelo Ministério da Cultura (MinC) para estimular e integrar as políticas públicas culturais implantadas pelo governo, estados e municípios. Colucci destaca a importância do setor para a sociedade de forma a levar atividades culturais para crianças e jovens afastando-os de riscos sociais. “A maior obra de uma administração é a soma de ações – grandes e pequenas – em parceria com a sociedade civil. Isto é o que está acontecendo hoje e será fortalecido com a adesão ao Sistema Nacional de Cultura”, explica o prefeito. A frente de muitas cidades paulistas, o município já realizou uma Conferência Municipal de Cultura, criou o Conselho Municipal de Políticas Culturais e promoveu o I Fórum Municipal de Cultura. O II Fórum já está previsto para maio deste ano e está sendo organizado por representantes da sociedade civil que são membros do Compci (Conselho Municipal de Políticas Culturais de Ilhabela). Os próximos passos será definir as diretrizes do Plano Municipal de Cultura e do Fundo Municipal de Cultura.
Bibliotecas municipais
De 2009 pra cá, o acervo do acervo das bibliotecas aumentou de 49.848 para 54.954. Além da Biblioteca da Vila, desde março do ano passado os leitores ilhabelenses passaram a contar com mais uma biblioteca: a Biblioteca Municipal Prefeita Nilce Signorini, no Perequê. E a cada ano o número de participantes do Concurso de Poesia vem aumentando a cada ano. A Biblioteca da Vila hoje conta com um grande número de assinaturas de publicações periódicas como jornais e revistas. A novidade do setor é que ainda neste ano o bairro da Praia Grande, no sul do arquipélago, vai ganhar uma biblioteca – a terceira na cidade - incentivando assim ainda mais a leitura.
Casa em ordem
A Fundaci agora tem 11 novos funcionários aprovados em concurso público - o quinto realizado pela Prefeitura em três anos. O presidente da Fundaci e secretário da Cultura, Valdir Veríssimo, explica que a Fundaci vem passando por uma reformulação desde o início de 2009 com o objetivo de proporcionar mais transparência às atividades do órgão, que até 2008 sofria apontamentos de irregularidades do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) e do Ministério Público. Sob nova gestão, a Fundaci regularizou também a dívida de débitos tributários. A Fundaci também realizou recentemente o credenciamento para os profissionais das oficinas culturais. Segundo o secretário são muitas as inovações para colocar a casa em ordem. “Fortalecer os símbolos que identificam a cidade - como a cultura caiçara, a Congada de São Benedito e nossos artistas e artesãos - é aumentar a auto-estima de nosso povo, preservar nosso patrimônio é incrementar a economia local”, comentou.
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