Chuveiros ecológicos instalados nas praias do Pinto e Perequê são retirados

Prefeitura afirma que solicitou a retirada dos equipamentos por mau funcionamento

Comerciantes e frequentadores da Praia do Pinto, no sul de Ilhabela, estão se queixando com dois fatos ocorridos recentemente no local. Segundo eles, o chuveiro ecológico instalado no início de dezembro na praia, foi arrancado há cerca de duas semanas. A reportagem esteve no local e flagrou pedaços do equipamento jogados em um lugar onde existia uma placa informando a existência do chuveiro.

Segundo alguns comerciantes, o equipamento, que era “ótimo”, foi removido no dia 20 de janeiro por que contrariava interesses de alguns proprietários de residência da praia. Pelo mesmo motivo, chapéus de sol e demais árvores localizadas em frente a algumas propriedades em área pública estariam sendo constantemente podadas, privando os banhistas, além da água fresca, das sombras também.

Questionada, a Prefeitura de Ilhabela informou que instalou, no início de dezembro, dois chuveiros ecológicos para testes: um na Praia do Perequê e outro na Praia do Pinto. Trata-se de um sistema de água filtrante para banhos pós-mar com uma solução que poderia reaproveitar a água do próprio mar. O objetivo era que mecanismo captasse a água do mar, realizasse a filtragem por carvão ativado e a devolvesse na mesma hora para o meio ambiente. Ainda de acordo com a Prefeitura, se os resultados fossem positivos, a previsão é que cada praia poderia ter pelo menos um chuveiro ecológico. “Porém, devido à fragilidade do produto, logo nos primeiros dias de uso os equipamentos apresentaram problemas e a Prefeitura não efetuou o pagamento, conforme o acordo com o fornecedor”, justificou o Executivo, que então solicitou que a empresa retirasse o produto das duas praias. Ainda segundo informou a Prefeitura, o produto não teve qualquer custo visto que se tratava de um projeto experimental.

Já em relação às árvores da praia, a Secretaria do Meio Ambiente informou que não foi a Prefeitura que fez a poda dos galhos e que não tem conhecimento de quem o fez, deixando claro que, se for flagrada, a pessoa deverá ser multada, conforme prevê a legislação municipal. (T.F)