Com enredo sobre o sertão, escola Padre Anchieta homenageia o agricultor





A Unidos de Padre Anchieta embalada no som das violas e sanfonas foi buscar inspiração sertaneja para homenagear o agricultor. Junto com os pandeiros, chocalhos e surdos de primeira, uniu a cultura do sambista com a do homem do campo e transformou em tema de Carnaval.

“Não há luar como este no sertão”, é com esse enredo que a Padre Anchieta entra na avenida, na noite de domingo, 26, cantando “Chora viola, me faz cantar. E o sanfoneiro puxa o fole sem parar. Prepare o seu coração, vem chegando a escola que alegra o povão”.

Escola do centro histórico da cidade, na Vila, ela vem para o desfile com 350 componentes, distribuídos em 9 alas e a bateria. “É neste palco iluminado por confetes e serpentinas, que nossa escola vem para homenagear essa figura notória, original e bem brasileira que é o agricultor. É o agricultor brasileiro ajudando a alimentar o mundo”, disse o presidente da escola, Mario Sergio de Jesus.



Ficha técnica:



Samba enredo: “Não há luar como este no sertão”

Fundada: 05/12/1970

Presidente: Mario Sergio de Jesus

Vice: Lauro Ramos

Cores: Azul, amarelo e branco

Mascote: Coroa Imperial

Lema: União e força

Número de componentes: 350

Número de componentes bateria: 60

Número de alas: 9

Número de carro alegórico: 4

Componentes por ala: 30

Comissão de frente: Coreógrafo Alan

Madrinha de bateria: Yoná Ferreira Souza

Rainha: Thais

Princesa: Maria Helena

Mestre de Bateria: Matheus e Giovane

Mestre sala e porta bandeira: Silmara e André

Intérpretes: Clóvis P, Thilie e Lele da Viola

Compositor: Wagner Almeida (Wagão)

Autor do enredo: Mario Sergio de Jesus, sob coordenação de João Batista Dias (Joãozinho do pagode)

Desfile: Sexta-feira, 26. Terceira escola a entrar na avenida



Samba Enredo 2017

Compositor: Wagner Almeida



Lá Lalalaiá Lalaiá, Laiá lalaiá laiá

Chora viola, me faz cantar

E o sanfoneiro puxa o fole sem parar

“Prepare o seu coração”

Vem chegando a escola que alegra o povão.



Abri o peito pra falar do meu sertão

De um passado de dor à minha superação

Eu “sô” caipira com orgulho sim “sinhô”

Cabra valente, irreverente e sonhador

No chão rachado, descalço a caminhar

A minha vida vou “conta”

O bandeirante desbravou,

E sendo assim me ensinou

Plantar e colher, criar pra crescer

A união se fez da miscigenação.



Lendas e mistérios tem magia!

Só de me lembrar, arrepia!

Coisas do além, ou imaginação

Histórias do sertão.

Vou festejar

“Viva” a cultura desse povo festeiro

A música traz a essência do “ser tão” brasileiro

O som da viola da saudade

Lembrança que tempo bom!

Nossa senhora, me dê a mão

Cuida do meu coração.

“Padre Anchieta” é tradição no Carnaval

Festa na roça “pode crer” não tem igual

Entra na dança, pegue o seu par

Que essa folia não tem hora pra acabar.



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