Prefeitura de Ilhabela realiza segunda oficina do Projeto Tribuzana na comunidade de Castelhanos
A Prefeitura de Ilhabela, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e em parceria com o Ministério Público Federal e moradores das comunidades tradicionais do arquipélago, realizou durante o dia de ontem, 9, a segunda oficina do Projeto de Criação do Conselho Municipal das Comunidades Tradicionais de Ilhabela, carinhosamente apelidado de Projeto Tribuzana, na comunidade tradicional de Castelhanos.
Com o objetivo de fortalecer a organização das comunidades através da união desses moradores, os caiçaras deverão e poderão defender os seus direitos, sendo um deles a participação nas discussões e políticas públicas que afetem sua população, que passam a ser previamente consultadas antes da tomada de decisões.
As comunidades tradicionais caiçaras são detentoras de conhecimentos que constituem uma riqueza cultural de grande importância para a sociedade, por tal motivo, os grupos têm direito ao tratamento especial na legislação nacional e internacional. Visando garantir este direito, foi lançado o Projeto de Criação do Conselho Municipal das Comunidades Tradicionais de Ilhabela, que proporcionou a realização da segunda oficina do projeto com representantes das comunidades caiçaras e Ministério Público Federal, que discutiram sobre a vivência em grupo, orgulho e cultura caiçara.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Social, Nilce Signorini, o trabalho de resgate da cultura caiçara é de importância histórica e cultural à cidade. “Com a realização desta segunda oficina, uma consequência do andamento do Projeto Tribuzana, conquistaremos a tão sonhada independência das comunidades locais e quem aqui chegar e for visitá-los, vai reconhecer isso. Uma cidade sem identidade, é um local sem história, e a nossa identidade é o caiçara, são as tradições caiçaras. Estamos em busca de investimentos e parcerias para trazer mais dignidade à vida desse povo que tanto contribui conosco”, explica a secretária.
Já a antropóloga Rebeca Campos Ferreira, intermediadora da oficina e representante do Ministério Público Federal, diz que Ilhabela é uma cidade muito rica não só pela beleza natural, mas também pela beleza cultural que é a tradição caiçara. “Essa iniciativa começou como um sonho. Trabalhamos com direitos e, pra demandar direitos, as comunidades precisam se ver como tais. A cultura está na base dos direitos que eles tem. A proposta do trabalho foi maravilhosamente abraçada pela Prefeitura de Ilhabela que entende a necessidade da emancipação e independência das comunidades. Na oficina de hoje trabalhamos o coletivo: comunidade, o que faz ser ou não parte da comunidade e, na próxima, trabalharemos questões culturais, muito importante para os moradores”, ressalta Rebeca.
Uma das caiçaras, Angélica de Souza, natural da comunidade da Praia Mansa, afirma que o Projeto Tribuzana vai fortalecer a cultura caiçara, suas tradições e costumes. “Com o passar do tempo fomos esquecidos, nossa agricultura e histórias se perderam. Estamos focados na união das comunidades para que conheçam o valor da nossa trajetória e o Tribuzana é fundamental para isso”, finaliza.
Participaram da oficina representantes das comunidades tradicionais caiçaras, associações de proteção da cultura local e funcionários da Prefeitura de Ilhabela que se sensibilizaram com a ação e ofereceram total apoio, como o secretário de Meio Ambiente, Mauro de Oliveira, e o secretário de Obras e Planejamento Urbano, Katzumi Hoyer, o Tchumi, que aproveitou a ocasião para conversar com os moradores sobre infraestrutura.
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