Caminhada Verde encerra programação contra o Câncer de Intestino em Ilhabela



Imagem/Arte: Divulgação / PMI

Legenda: A campanha já promoveu entrevistas e diversas palestras





Como encerramento da extensa programação da 1ª Campanha de Prevenção ao Câncer de Intestino – “Setembro Verde” –, a Prefeitura de Ilhabela, por meio da Secretaria de Saúde, realiza na próxima sexta-feira (28), a Caminhada Verde.

Com saída às 8h da praça Allan Kardec, na Barra Velha, a caminhada seguirá até o bairro do Perequê, na altura do número 1.224 da avenida Princesa Isabel. Além da caminhada, funcionários da pasta responsável estarão até às 12h, no ponto de partida, orientando a população sobre o Câncer de Intestino.

“Mais do que a própria caminhada, o evento chama atenção para a orientação da população que, de forma inédita, pode esclarecer suas dúvidas com a realização da 1ª Campanha de Prevenção ao Câncer de Intestino”, destacou o prefeito Márcio Tenório sobre o evento.

Para participar da caminhada basta chegar no horário e local marcados.



Câncer de Intestino

De acordo com a pasta, o câncer colorretal abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso e uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores é a detecção e a remoção dos pólipos antes deles se tornarem malignos.

Estimativas do Inca (Instituto Nacional de Câncer), mostram que 36.360 novos casos da doença devam aparecer entre a população brasileira neste ano, sendo 17.380 em homens e 18.890 em mulheres.



Sintomas

O câncer colorretal, que atinge milhares de pessoas, pode ser detectado de forma precoce aumentando as chances de sobrevida do paciente. Para tanto, a Secretaria de Saúde aconselha à população a ficar atenta aos sintomas.

Mudanças no hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre), desconforto abdominal com gases ou cólicas, sangramento nas fezes, sangramento anal e sensação de que o intestino não se esvaziou após a evacuação são sinais de alerta, bem como perda de peso sem razão aparente, cansaço, fezes pastosas de cor escura, náuseas, vômitos e sensação dolorida na região anal, com esforço ineficaz para evacuar.

Diante desse quadro, a orientação da Saúde é para que a pessoa procure ajuda médica o quanto antes. Ainda de acordo com a pasta, aqueles com mais de 50 anos, com anemia de origem indeterminada e que apresentem suspeita de perda crônica de sangue no exame de sangue, devem fazer endoscopia gastrintestinal superior e inferior.



Detecção precoce

A detecção desse tipo de câncer pode ocorrer de forma precoce mediante a realização de dois exames principais: a pesquisa de sangue oculto nas fezes e endoscopias (colonoscopia ou retossigmoidoscopias), que devem ser realizados em pessoas com sinais e sintomas sugestivos de câncer colorretal ou naquelas sem sinais e sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos de maior risco. A OMS (Organização Mundial da Saúde), preconiza o rastreamento sistemático de pessoas acima de 50 anos naqueles países com condições de garantir todas as etapas de cuidado ao paciente com este câncer.



Diagnóstico

Para que a doença seja diagnosticada e posteriormente tratada, é preciso fazer uma biópsia. Ou seja, o exame de fragmento de tecido retirado da lesão suspeita que é feito com a ajuda do endoscópio, aparelho introduzido pelo reto do paciente.

Se confirmada a suspeita, o tratamento inicial é a cirurgia para a retirada da parte do intestino afetada e dos nódulos linfáticos (pequenas estruturas que fazem parte do sistema imunológico) próximos à região. Na sequência, o paciente começa com o tratamento de radioterapia associada, ou não, à quimioterapia, utilizada para reduzir a possibilidade do tumor voltar.

O tratamento depende, principalmente, do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas.



Prevenção

Uma dieta rica em fibras, composta de alimentos como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, grãos e sementes, além da prática de atividade física regular, previne o câncer colorretal.

Conforme orientações de especialistas, deve-se evitar o consumo de bebidas alcoólicas, de carnes processadas e de quantidades acima de 300 gramas de carne vermelha cozida por semana.

Alguns fatores como idade acima de 50 anos, história familiar de câncer colorretal, história pessoal da doença (já ter tido câncer de ovário, útero ou mama), além de obesidade e inatividade física, aumentam o risco de desenvolvimento da doença.

Também são fatores de risco, doenças inflamatórias do intestino como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC).

O medo e a vergonha são, ainda, os maiores obstáculos para que o câncer colorretal (o terceiro tipo mais comum no Brasil e no mundo, atingindo 2,4 milhões de pessoas), seja detectado precocemente. No universo masculino a vergonha é mais acentuada, pois os pacientes ficam inseguros sobre qual o procedimento adotado, achando que para detectar a doença é necessário exame de toque.

Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde, os tipos de câncer que mais matam no Brasil são o de pulmão (1º lugar), intestino (2º), próstata (3º) e mama (4º).

Comentários

Postagens mais visitadas