Ilhabela divulga avaliação de densidade lavraria do mosquito Aedes aegypti
Apesar de toda campanha para conscientização e prevenção, foram encontrados diversos criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya
A Prefeitura de Ilhabela finalizou em janeiro a “Avaliação de Densidade Lavraria”, preconizado pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), do Ministério da Saúde, que tem por objetivo avaliar os níveis de infestação de larvas do Aedes aegypti, assim como detectar os tipos de recipientes predominantes em cada área avaliada.
A ação é toda desenvolvida pelos agendes da Secretaria da Saúde que visitou neste período 1.415 imóveis, sendo 987 numa área denominada 1, que vai da Armação até Barra Velha e 428 imóveis na área 2, que compreende a região do Piúva até Itapecirica. O resultado desta avaliação foi de 2,0% na área 1 e de 0,7% na área 2.
De acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde, quando o índice obtido é menor que 1,0% o resultado é satisfatório, de 1,1% a 3,9% é preciso ficar em estado de alerta, e acima de 4,0% é considerado alto risco. Em janeiro de 2016 o índice chegou a 2,3% na área 1 e 1,5% na área 2.
Com estes dados em mãos ficou constado que, apesar de toda a campanha para a prevenção das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti como a dengue, zika e chikungunya, foi encontrado um grande número de criadouros (locais que acumulam água e servem para a proliferação do mosquito).
O secretário de saúde Marco Antônio Gênova afirma que, com todo trabalho de conscientização e limpeza realizado pela prefeitura, a população sabe o que é preciso fazer, mas por algum motivo não executa o que as equipes de saúde orientam. “O principal meio de combater a doença é a conscientização da população. A prefeitura faz os arrastões, retira todo o material que possa acumular água, faz as orientações necessárias e mesmo assim essas ações não viram rotina em todas as casas. Se todo mundo tiver a consciência sobre a importância em manter o quintal limpo não teremos mais essas doenças”, declarou Gênova.
A maior concentração destas larvas está na área 1 do município e a maior parte desses criadouros é formada por objetos passíveis de remoção, mas que são acumulados pela população como lonas, sucatas, pneus, potes, latas, entulho de construção, plástico, garrafas, entre outros que são mantidos sem o devido cuidado para evitar o acúmulo de água.
Os agentes do Controle de Vetores trabalham de forma intensificada casa a casa em todas as regiões do município, assim como desenvolvem as atividades de rotina e as ações de arrastões nos bairros considerados de maior risco. “A população precisa se conscientizar sobre a importância de colaborar para que possamos conter uma possível epidemia no município. A prefeitura está fazendo a sua parte, mas a ajuda da população é indispensável para que tenhamos sucesso no combate aos vetores. A possibilidade no aumento de infestação na cidade é de responsabilidade de todos”, ressaltou Mário Otávio de Carvalho, coordenador do CVI (Controle de Vetores de Ilhabela).
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