Casal de Ilhabela encaram expedição inédita de escalada na Serra da Mantiqueira






PICO SEM NOME: 22 DIAS DE TENSÃO, SOLIDÃO E SOFRIMENTO

Primeira etapa do projeto 6 Hard Xpeditions: a árdua escalada de uma das maiores, mais imponentes e isoladas montanhas do Sudeste brasileiro

Foram necessários anos de planejamento e semanas de duro trabalho para que os atletas-documentaristas Fernanda Lupo e Márcio Bortolusso realizassem o antigo sonho de alcançar um dos mais impressionantes e isolados cumes da vasta Serra da Mantiqueira escalando por sua vertente mais extensa e vertiginosa, em uma verdadeira saga que se estendeu por 22 dias.

A face sudoeste do “pico sem nome” – nome pela qual tal montanha era chamada por antigos moradores muito antes da chegada dos primeiros forasteiros e da febre de subir montanhas gerada em parte pelas modernas redes sociais - era um sonho considerado impossível para muitos escaladores principalmente pelo penoso e arriscado acesso até a base das suas encostas mais desafiadoras, que de tão isoladas desestimulavam qualquer tentativa de exploração.

Apesar do seu cume já ter sido alcançado anos antes por outros exploradores, através de uma exigente caminhada por sua face menos íngreme, esta imponente montanha se mantinha como uma das últimas do Brasil com mais de dois mil metros de altitude com longas paredes rochosas ainda sem rotas de escalada.

Após uma fracassada tentativa de escalar esta inóspita montanha em 2009, quando foram obrigados a abandonar as encostas do pico após 11 dias de fortes chuvas e tempestade de raios, o casal desta vez contou com a valiosa ajuda dos escaladores Diego Moreira e Kelvyn Medeiros, do Clube de Escalada e Montanhismo de Angra dos Reis. “Ironia do destino” (diriam os crentes em sorte e azar), ainda na aproximação pela floresta Fernanda teve seu ombro deslocado, severa lesão que além das posteriores semanas de dor e descanso forçado, ainda lhe deixou de fora da nova equipe de escalada. Ou não...

Movidos pela paixão pela natureza e por anseios incompreensíveis para muitos, o determinado grupo vivenciou fortes emoções, suportando temperaturas negativas e dores severas, negociando constantemente com a fome e a fadiga física e mental, mantendo o bom humor apesar dos dias sem banho e das noites mal dormidas e sentindo os ânimos baixarem devido às incertezas e pelo exigente trabalho braçal.

Para compreender melhor o sofrimento enfrentado pelos escaladores, mesmo adotando técnicas minimalistas (fieis ao lema “é melhor faltar do que sobrar”) o time precisou de 7 longos dias de complexa navegação apenas para alcançar o sopé da montanha, transportar os cerca de 170 quilos de equipamentos e mantimentos e retornar - durante exaustivas caminhadas dignas do povo “sherpa” do Himalaia, literalmente escalando árvores para uma melhor visão na mata fechada, rastejando sobre gretas, trepando por instáveis raízes em paredes vertiginosas e equilibrando mochilas com dezenas de quilos em turnos que ultrapassaram 12 horas diárias.

Sob risco constante, durante o complexo e delicado trabalho vertical que durou longos 5 dias de arriscada ascensão, os escaladores precisaram fixar as proteções de segurança tão distantes que possíveis quedas resultariam em voos de mais de 40 metros e, para castigar ainda mais a motivação do grupo, choveu. O mal tempo os obrigou a baixar os cerca de 300 metros escalados e as várias horas de trilha acidentada para aguardar uma nova chance, momento em que infelizmente Diego e Kelvyn precisaram retornar para casa devido a outros compromissos.

E quando tudo parecia perdido, em uma reviravolta quase “celestial” (diriam os crentes em anjo da guarda), eis que o ombro da Fernanda deu uma recuperada após 13 dias de molho no Acampamento Base e - após semanas de dedicação aparentemente desumana e infrutífera, imundos, um pouco desnutridos (chegaram a perder 5 kg cada) e com vários cortes e grandes hematomas pelo corpo – o casal de atletas-documentaristas decidiu investir suas últimas gramas de energia em uma insana jornada que se estendeu madrugada adentro até completar exatas 24 horas ininterruptas de árdua escalada. Esforço que valeu a pena. Afinal, para sempre Fernanda e Márcio relembrarão do espetacular entardecer que seus olhos registraram do cume do majestoso Pico Sem Nome.

O resto? Ah, o resto são histórias que um dia eles contarão aos seus futuros netos.

FAÇA PARTE DESTA GRANDIOSA AVENTURA!

Fernanda e Márcio mal retornaram de uma das aventuras mais intensas de suas vidas e, ainda castigados física e mentalmente após os 22 dias desta dura empreitada, nas últimas semanas já percorreram o Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil e realizaram outros ousados desafios: uma inédita remada de centenas de quilômetros em uma área remota da mítica floresta amazônica, percorrendo um roteiro considerado impossível inclusive por experientes ribeirinhos e caçadores, e uma das maiores explorações de cachoeiras do mundo, a maior descida de Canionismo do Brasil, expedição científica-desportiva que além de realizar estudos pioneiros sobre um dos mais importantes e isolados rios do Sudeste ainda registrou pela primeira vez uma das maiores e mais belas cachoeiras do Brasil. Aventuras sem precedentes e que fazem parte do projeto 6 Hard Xpeditions.

Com 10 meses de duração, trata-se da realização de SEIS EXPEDIÇÕES INÉDITAS E EXTREMAS: de elevado risco (constantemente enfrentando áreas e situações perigosas), grande desgaste físico e psicológico, apenas com tração humana durante as etapas, alta dificuldade (atividades que exigem técnicas avançadas), sem equipe de apoio (dispensando carregadores e guias, etc.), non-stop (sem intervalos durante cada desafio), com logística minimalista (boicotando animais de carga, etc.) e, o que é mais raro, praticamente em sequência.

MEGA DESAFIO NUNCA ANTES OUSADO POR QUALQUER AVENTUREIRO, segundo especialistas trata-se de UM DOS MAIORES EVENTOS MULTIESPORTIVOS JÁ REALIZADOS, uma extraordinária jornada de mais de 15 mil quilômetros, com logísticas complexas e custosas e fruto de quase seis anos de minuciosos preparativos e árduo treinamento, evento que só se tornou realidade graças à visão e confiança das empresas Duracell, LG, Gore-tex e Brasil Kirin e de dezenas de outros empresários que colaboraram diretamente com a viabilização de nada menos que cerca de 300 equipamentos e serviços, além de inúmeros cursos e treinamentos que vão de Primeiros Socorros para Áreas Remotas, mergulho noturno e em cavernas à incomuns sessões de Apneia Dinâmica carregando pedras no fundo do mar. “Em 22 anos trabalhando no difícil segmento Aventura tive o privilégio de realizar inúmeras ações junto a bons patrocinadores e apoiadores, muitos dos quais se tornaram grandes amigos, mas neste projeto estamos realmente impressionados com a ótima energia e confiança que nos foram depositadas pelos excelentes parceiros que acreditaram em nossas aparentemente insanas ideias”, afirma Bortolusso, um dos autores do projeto.

Não fique de fora! Para saborear os melhores momentos das expedições do projeto 6 Hard Xpeditions, siga a Fernanda e o Márcio em suas redes sociais (com álbuns de fotos, imagens exclusivas, etc.), assista a websérie sobre suas incríveis expedições (em breve, capítulos que se transformarão em um documentário ao final do projeto) e acompanhe os atletas-documentaristas pelo Blog, diário de viagem alimentado com espetaculares imagens e relatos ricos em detalhes.

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