Aprovação de emenda gera discussão entre Luizinho, Professor Vadir e secretário Gallo





Luizinho da Ilha (esquerda) e Professor Valdir (direita) divergiram quanto emenda aprovada e que será analisada pelas Comissões
Acácio Gomes


Uma emenda aprovada na sessão desta semana na Câmara de Ilhabela gerou divergências entre os vereadores da base governista Luiz Paladino de Araújo, o Luizinho da Ilha (PCdoB), e Valdir Veríssimo, o Professor Valdir (PPS). Isso porque Luizinho apresentou documento mudando o critério de distribuição de bolsas para o projeto enviado pelo Executivo que cria o Programa Bolsa-Orquestra.


De acordo com a emenda de Luizinho, das 20 bolsas previstas no projeto, 70% teriam de ser preenchidas com músicos de Ilhabela.
“Temos que incentivar nossos músicos e por isso acho que 70% seria uma porcentagem boa. Vamos trabalhar as nossas crianças no Projeto Guri e formar novos músicos para que em alguns anos tenhamos 100% de bolsistas de Ilhabela”, citou Luizinho, ao justificar a apresentação da emenda.


Imediatamente, o líder de governo, Professor Valdir Veríssimo, acabou criticando a sugestão da emenda.
“A emenda vai inviabilizar a Orquestra. Já fui secretário de Cultura e sei que muitos músicos são de São Sebastião, então se delimitarmos percentual de músicos só de Ilhabela fica complicado de manter uma orquestra”, disse.


Tentando amenizar a discussão, a vereadora Rita Janete de Oliveira Gomes, a Dra. Rita (PTdoB) , pediu aos parlamentares que aprovassem a emenda proposta e transferisse a discussão para as Comissões Permanentes da Câmara.
“Como o projeto será votado somente depois da análise das Comissões, vamos colocar essa discussão novamente”, citou.
Logo após a manifestação de Dra. Rita, a presidente da Casa, Maria das Graças Ferreira, a Gracinha (PSD), colocou em votação a emenda, que foi aprovada por maioria de votos, já que o Professor Valdir votou contra.


Presente na sessão da Câmara, o secretário de Cultura, Nuno Gallo, se mostrou contrariado com a aprovação.
“Temos vários instrumentos que os músicos de Ilhabela não tocam, então com a emenda teremos uma orquestra com duas ou três pessoas. Fiquei contrariado, pois sempre deixei a Secretaria de Cultura aberta para discutir a proposta”, comentou.


O projeto
Tramitando na Câmara de Ilhabela está o projeto que dispõe sobre a instituição do Programa Bolsa-Orquestra, que estipula o número de apresentações mensais da Orquestra Popular e estabelece critérios para o ingresso de novos bolsistas e define a forma de reajuste da bolsa-orquestra. O projeto consistirá na concessão de bolsa auxílio no valor de R$ 680 a 20 bolsistas. Havendo mais de 20 integrantes, o regente escolherá os titulares.


Para se inscrever no Programa Bolsa-Orquestra, os músicos deverão preencher alguns requisitos, entre eles, contar comprovadamente com no mínimo de dois anos de formação musical em um ou mais dos seguintes instrumentos: flauta, flautim, oboé, come inglês, clarineta, clarone, saxofone, fagote, trompa, trompete, trombone, tuba, tímpano, percussão, harpa, teclado, piano, violino, viola, violoncelo e contrabaixos elétrico e acústico.


Ainda pelo projeto, os bolsistas deverão frequentar os ensaios gerais, inclusive extras, da Orquestra Popular de llhabela. Deverão participar ainda de até quatro concertos ou apresentações mensais, inclusive fora do Município de Ilhabela, sempre que convocado pela administração municipal.
A Bolsa-Orquestra será concedida pelo período de 12 meses, podendo ser renovada por igual período.


Foto: Jorge Mesquita/IL

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